Estação Primeira de Mangueira | |||||||||
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Ano | Colocação | Grupo | Enredo | Carnavalesco | |||||
1929 | Vice-Campeã(empatada com a Deixa Falar) [4] | Concurso de sambistas organizado por Zé Espinguela | "Chega de demanda" e "Beijos" | ||||||
1930 | - | não houve concurso | "Linda demanda" e "Eu quero nota" | ||||||
1931 | - | não houve concurso | Jardim de Mangueira | ||||||
1932 | Campeã[21] | único | Sorrindo e Na floresta | ||||||
1933 | Campeã[22] | único | Uma segunda-feira do Bonfim na Ribeira[23] | ||||||
1934 | Campeã [24] | único | República da Orgia[23] | ||||||
1935 | Vice-Campeã [25] | único | O regresso de uma colheita na primavera | ||||||
1936 | Vice-Campeã [26] | único | Não quero mais amar a ninguém | ||||||
1937 | não desfilou [27] | único | [28] | Sr. Armando | |||||
1938 | não houve concurso [29] | único | Lacrimário | Sr. Armando | |||||
1939 | Vice-Campeã [30] | único | O Jardim | Sr. Armando | |||||
1940 | Campeã[31] | único | Prantos, pretos e poetas | Sr. Armando | |||||
1941 | Vice-Campeã [32] | único | Pedro Ernesto | Sr. Armando | |||||
1942 | 3º lugar[33] | único | A vitória do Samba nas Américas | Sr. Armando | |||||
1943 | Vice-Campeã [34] | único | Samba no Palácio do Itamarati | Sr. Armando | |||||
1944 | Vice-Campeã [35] | único | Glória ao Samba | Sr. Armando | |||||
1945 | Vice-Campeã [36] | único | Nossa História | Sr. Armando | |||||
1946 | Vice-Campeã [37] | único | Carnaval da Vitória | Sr. Armando | |||||
1947 | Vice-Campeã [38] | único | Brasil, Ciências e Artes | Sr. Armando | |||||
1948 | 4º lugar [39] | único | Brasil, Tesouro Invejado Samba-enredo gravado com o título Vale de São Francisco | Funcionários da Casa da Moeda | |||||
1949 | Campeã [40] | UGESB (primeira divisão) | Apoteose aos Mestres | Funcionários da Casa da Moeda | |||||
1950 | Campeã [41] | UCES (primeira divisão) | Plano SALTE - Saúde, alimentação, transporte e energia | Funcionários da Casa da Moeda | |||||
1951 | 3º lugar [41] | UGESB (primeira divisão) | Unidade Nacional | Funcionários da Casa da Moeda | |||||
1952 | não houve concurso [41] | 1 (primeira divisão) | Gonçalves Dias | Funcionários da Casa da Moeda | |||||
1953 | 3º lugar [42] | 1 (primeira divisão) | Unidade Nacional | Funcionários da Casa da Moeda | |||||
1954 | Campeã[43] | 1 (primeira divisão) | Rio de Janeiro, de ontem e de hoje | Funcionários da Casa da Moeda | |||||
1955 | Vice-Campeã [44] | 1 (primeira divisão) | Cântico à Natureza[45] | Funcionários da Casa da Moeda | |||||
1956 | 3º lugar [46] | 1 (primeira divisão) | O Grande Presidente | Funcionários da Casa da Moeda | |||||
1957 | 3º lugar [47] | 1 (primeira divisão) | Emancipação Nacional - Rumo ao progresso | Funcionários da Casa da Moeda | |||||
1958 | 3º lugar [48] | 1 (primeira divisão) | Canção do exílio | Funcionários da Casa da Moeda | |||||
1959 | 3º lugar [49] | 1 (primeira divisão) | Brasil através dos tempos | Funcionários da Casa da Moeda | |||||
1960 | Campeã[50] | 1 (primeira divisão) | Carnaval de todos os tempos | Roberto Paulino e Darque Dias Moreira | |||||
1961 | Campeã [51] | 1 (primeira divisão) | Reminiscências do Rio Antigo | Roberto Paulino e Darque Dias Moreira | |||||
1962 | 4º lugar [52] | 1 (primeira divisão) | Casa-grande e senzala | Roberto Paulino e Darque Dias Moreira | |||||
1963 | Vice-Campeã [53] | 1 (primeira divisão) | Exaltação à Bahia | Júlio P. Mattos | |||||
1964 | 3º lugar [54] | 1 (primeira divisão) | História de um preto velho | Júlio P. Mattos | |||||
1965 | 4º lugar [55] | 1 (primeira divisão) | Rio através dos séculos | Júlio P. Mattos | |||||
1966 | Vice-campeã [56] | 1 (primeira divisão) | Exaltação à Villa-Lobos | Júlio P. Mattos | |||||
1967 | Campeã[57] | 1 (primeira divisão) | O mundo encantado de Monteiro Lobato | Júlio P. Mattos | |||||
1968 | Campeã [58] | 1 (primeira divisão) | Samba, festa de um povo | Júlio P. Mattos | |||||
1969 | Vice-Campeã [59] | 1 (primeira divisão) | Os Mercadores e suas tradições | Júlio P. Mattos | |||||
1970 | 3º lugar [60] | 1 (primeira divisão) | Um Cântico à natureza[61] | Júlio P. Mattos | |||||
1971 | 4º lugar [62] | 1 (primeira divisão) | Os Modernos bandeirantes | Júlio P. Mattos | |||||
1972 | Vice-Campeã [63] | 1 (primeira divisão) | Rio, Carnaval dos Carnavais | Carlos Alberto | |||||
1973 | Campeã [64] | 1 (primeira divisão) | Lendas do Abaeté | ||||||
1974 | 4º lugar[65] | 1 (primeira divisão) | Mangueira em tempo de folclore | Júlio P. Mattos | |||||
1975 | Vice-Campeã[66] | 1 (primeira divisão) | Imagens poéticas de Jorge Lima | Elói Machadp | |||||
1976 | Vice-Campeã[67] | 1 (primeira divisão) | No reino da Mãe do Ouro | Elói Machado | |||||
1977 | 7º lugar[68] | 1 (primeira divisão) | Panapanã, o segredo do amor | Júlio P. Mattos | |||||
1978 | Vice-campeã [69] | 1 (primeira divisão) | Dos carroceiros do imperador ao Palácio do Samba | Júlio P. Mattos | |||||
1979 | 4º lugar [70] | 1-A (primeira divisão) | Avatar… e a selva transformou-se em ouro | Júlio P. Mattos | |||||
1980 | 8º lugar [71] | 1-A (primeira divisão) | Coisas nossas | Liana Silveira e Érica Cirne | |||||
1981 | 4º lugar[72] | 1-A (primeira divisão) | De Nonô a JK | Alcione Barreto e Elói Machado | |||||
1982 | 4º lugar[73] | 1-A (primeira divisão) | As mil e uma noites cariocas | Fernando Pinto | |||||
1983 | 5º lugar [74] | 1-A (primeira divisão) | Verde que te quero rosa… semente viva do samba | Max Lopes | |||||
1984 | Campeã[75] e Super-Campeã [75] | 1-A (primeira divisão) | Yes, Nós Temos Braguinha | Max Lopes | |||||
1985 | 7ºlugar [76] | 1-A (primeira divisão) | Abram Alas que eu quero passar | Eloy Machado Bia Dumont | |||||
1986 | Campeã [77] | 1-A (primeira divisão) | Caymmi Mostra ao Mundo o que a Bahia e a Mangueira Têm | Júlio Mattos | |||||
1987 | Campeã [78] | 1 (primeira divisão) | O Reino dos Palavras, Carlos Drummond de Andrade | Júlio Mattos | |||||
1988 | Vice-Campeã [79] | 1 (primeira divisão) | Cem Anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão? | Júlio Mattos | |||||
1989 | 11ºlugar [80] | 1 (primeira divisão) | Trinca de Reis | Júlio Mattos | |||||
1990 | 8ºlugar | Especial (primeira divisão) | Deu a Louca no Barroco | Ernesto Nascimento e Cláudio Rodrigues | |||||
1991 | 12ºlugar | Especial (primeira divisão) | As Três Rendeiras do Universo | Ernesto Nascimento e Cláudio Rodrigues | |||||
1992 | 6ºlugar | Especial (primeira divisão) | Se Todos Fossem Iguais a Você | Ilvamar Magalhães | |||||
1993 | 5ºlugar | Especial (primeira divisão) | Dessa Fruta Eu Como até o Caroço | Ilvamar Magalhães | |||||
1994 | 12ºlugar | Especial (primeira divisão) | Atrás da Verde-e-Rosa Só Não Vai Quem Já Morreu | Ilvamar Magalhães | |||||
1995 | 6ºlugar | Especial (primeira divisão) | A Esmeralda do Atlântico | Ilvamar Magalhães | |||||
1996 | 4ºlugar | Especial (primeira divisão) | Os Tambores da Mangueria na Terra da Encantaria | Oswaldo Jardim | |||||
1997 | 3ºlugar | Especial (primeira divisão) | O Olimpo é Verde e Rosa | Oswaldo Jardim | |||||
1998 | Campeã título dividido com a Beija-Flor | Especial (primeira divisão) | Chico Buarque da Mangueira | Alexandre Louzada | |||||
1999 | 7ºlugar | Especial (primeira divisão) | O Século do Samba | Alexandre Louzada | |||||
2000 | 7ºlugar | Especial (primeira divisão) | Dom Obá II, Rei dos Esfarrapados, Príncipe do Povo | Alexandre Louzada | |||||
2001 | 3ºlugar | Especial (primeira divisão) | A Seiva da Vida | Max Lopes | |||||
2002 | Campeã | Especial (primeira divisão) | Brazil com 'Z' é para Cabra da Peste, Brasil com 'S' é a Nação do Nordeste | Max Lopes | |||||
2003 | Vice-Campeã | Especial (primeira divisão) | Os Dez Mandamentos: O Samba da Paz Canta a Saga da Liberdade | Max Lopes | |||||
2004 | 3ºlugar | Especial (primeira divisão) | Mangueira Redescobre a Estrada Real…E Desse Eldorado Faz seu Carnaval | Max Lopes | |||||
2005 | 6ºlugar | Especial (primeira divisão) | Mangueira Energiza a Avenida. O Carnaval é Pura Energia e a Energia é o Nosso Desafio | Max Lopes | |||||
2006 | 4ºlugar | Especial (primeira divisão) | Das Águas do Velho Chico, Nasce um Rio de Esperança | Max Lopes | |||||
2007 | 3ºlugar | Especial (primeira divisão) | Minha Pátria é Minha Língua, Mangueira Meu Grande Amor. Meu Samba Vai ao Lácio e Colhe a Última Flor | Max Lopes | |||||
2008 | 10ºlugar | Especial (primeira divisão) | 100 Anos do Frevo, é de Perder o Sapato. Recife Mandou me Chamar… | Max Lopes | |||||
2009 | 6ºlugar | Especial (primeira divisão) | A Mangueira Traz Os Brasis do Brasil Mostrando a Formação do Povo Brasileiro | Roberto Szaniecki | |||||
2010 | 6° lugar | Especial (primeira divisão) | Mangueira é música do Brasil | Jaime Cezário Jorge Caribé | |||||
2011 | Especial (primeira divisão) | O filho fiel, sempre Mangueira | Mauro Quintaes Wagner Gonçalves |
segunda-feira, 31 de maio de 2010
DESFILES E COLOCAÇÕES ANO A ANO DA VERDE E ROSA!!!
Um pouco ou quase tudo da História da ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA
GRES Estação Primeira de Mangueira
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mangueira | |
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Mangueira | |
Fundação | 28 de Abril de 1928 (82 anos) |
Cores | Verde e rosa |
Símbolo | Um tambor surdo com ramos de louro em volta |
Bairro | Mangueira |
Presidente | Ivo Meirelles |
Presidente de honra | Roberto Paulino |
Carnavalesco | Mauro Quintaes Wagner Gonçalves |
Intérprete oficial | Luizito Zé Paulo Rixxah Ciganerey |
Diretor de carnaval | Conselho de Carnaval[1] |
Diretor de harmonia | José Carlos Neto Sidney Machado (Chopp) |
Diretor de bateria | Jaguara Filho |
Rainha da bateria | Renata Santos |
Mestre-sala e porta-bandeira | Raphael Marcella Alves |
Coreógrafo | Jaime Arôxa |
Desfile de 2011 | |
Enredo | O filho fiel, sempre Mangueira |
A Mangueira foi a escola que criou a ala de compositores e a primeira a manter, desde a sua fundação, uma única marcação do surdo de primeira na sua bateria. No símbolo da escola, o surdo representa o samba; os louros, as vitórias; a coroa, o bairro imperial de São Cristóvão; e as estrelas, os títulos.
A Estação Primeira de Mangueira detém 18 títulos, sendo 1 Super-Campeonato, exclusivo, oferecido no ano de 1984, na inauguração do Sambódromo. A Verde-e-Rosa fora campeã da segunda-feira de carnaval, a Portela do domingo. Três escolas foram para o sábado das campeãs, onde iriam disputar o Super-Campeonato, e a Mangueira foi aclamada a Super-Campeã.
Uma das figuras mais emblemáticas da Mangueira é o sambista Jamelão, que foi o intérprete oficial da escola de 1949 até 2006, e que tornou-se uma verdadeira autarquia do samba carioca, com seu jeito mal-humorado e sua voz potente.
Após parceria com a Xerox do Brasil e a Petrobras, na década de 1990 a Mangueira também montou uma Vila Olímpica e passou a disputar campeonatos esportivos, principalmente no Atletismo e no Basquete, onde disputou o Campeonato Brasileiro
Quando o samba ainda não tinha reconhecimento cultural e nem se pensava em escolas de samba, a comunidade da Mangueira já despontava como pioneira dos carnavais cariocas através dos seus cordões, onde um grupo de mascarados conduzidos por um mestre com um apito acompanhava uma orquestra de percussão. Na Mangueira existiam pelo menos dois cordões: o Guerreiros da Montanha e o Trunfos da Mangueira.
Menos primitivos que os cordões, surgiram os ranchos, que se destacaram por permitir a participação das mulheres nos cortejos carnavalescos e por trazerem inovações tais como: alegorias, uso do enredo, instrumentação de sopro e cordas e o casal de dançarinos baliza e porta-estandarte, hoje conhecidos como mestre-sala e porta-bandeira. Três ranchos se destacaram em Mangueira: Pingo de Amor, Pérola do Egito e Príncipes da Mata.
Por volta de 1920, surgiram os blocos com os elementos dos cordões e dos ranchos reunindo os "bambas" do batuque e que atuaram como células para mais tarde darem origem às escolas de samba. Somente na localidade conhecida como Buraco Quente havia os blocos da Tia Fé, da Tia Tomázia, do Mestre Candinho e o mais famoso de todos, o Bloco dos Arengueiros. Foi Cartola, que aos 19 anos, sentiu que era a hora de canalizar o dom natural dos malandros do bloco, a fim de mostrá-los de uma forma mais civilizada, com todo o potencial rítmico e coreográfico herdados do ancestral africano.
No dia 28 de abril de 1928, reunidos na Travessa Saião Lobato, nº 21, os arengueiros Zé Espinguela, "Seu" Euclides, Saturnino Gonçalves (pai de Dona Neuma), Massu, Cartola, Pedro Caim e Abelardo Bolinha fundaram o Bloco Estação Primeira. Este bloco esteve presente no primeiro concurso entre sambistas na casa de Zé Espinguela, em 1929, sendo um dos precursores das escolas de samba, junto com a Deixa Falar e a Portela. [4]
Cartola, que mais tarde casou com Zica, foi o primeiro mestre de harmonia da agremiação e deu a palavra definitiva na escolha do nome e das cores: Estação Primeira, porque era a primeira estação de trem a partir da Central do Brasil onde havia samba; verde e rosa como forma de homenagem a um rancho que existia em Laranjeiras, Os Arrepiados. Aos poucos todos os outros blocos do morro foram se agregando e nos anos 1930 e 40, com o surgimento da categoria carnavalesca, a Mangueira já figurava no rol das "grandes" escolas de samba da cidade.
Venceu os três primeiso concursos oficiais, foi vice-campeã em outros dois. Não desfilou em 1937, pois o desfile foi cancelado por ordem do delegado de polícia Dulcídio Gonçalves. Neste ano, o morro da Mangueira foi representado pela azul e rosa Unidos de Mangueira, que somente participou do desfile oficial por quatro anos.
Com o racha entre os sambistas no ano de 1949, a Mangueira, juntamente com a Portela, decide seguir com a UGESB, acusada de ser uma organização simpatizante do Comunismo, enquanto outras escolas, como o Império Serrano, decidiram seguir a liga paralela estimulada pelo governo municipal, a FBES. Foi neste ano que Jamelão assumiu o posto de cantor oficial na escola, ocupando o lugar de Xangô da Mangueira. Logo em seu primeiro desfile, no posto, a escola sagrou-se campeã.
Em 1950, a Mangueira seguiu para a UCES, onde foi novamente campeã, retornando à UGESB em 1951, até a reunificação das entidades no ano seguinte. Em 1980, obteve sua pior colocação até então, quando foi a oitava colocada.
Em 1984, ano de inauguração do Sambódromo, protagonizou um dos momentos mais marcantes da história do Carnaval Carioca. Após desfilar, a escola retornou pela Sapucaí, sendo aclamada pelo público. Naquele ano, o primeiro onde houve dois dias de desfile para as escolas de samba, a primeira divisão acabou sendo dividida em dois grupos, sendo cada um, um concurso diferente. Mangueira e Portela, duas das escolas mais tradicionais, venceram, um o desfile de domingo, e outra o de segunda-feira. Um novo concurso foi realizado no sábado seguinte ao Carnaval, entre as melhores escolas de cada dia de desfile, além das melhores do grupo de acesso também. Por fim, a Mangueira sagrou-se "supercampeã".
Após ser bicampeã em 1986/1987, e vice em 188, a agremiação obteve algumas colocações ruins, como o 11º lugar em 1989, e o 12º lugar em 1991 e 1994. Apesar da má colocação, o samba enredo de 1994, de autoria de David Correa, Paulinho, Carlos Sena e Bira do Ponto, é considerado por parte da crítica como um dos mais empolgantes da década [5] A composição, que possuía o refrão "me leva que eu vou, sonho meu, atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu", falava dos chamados "doces bárbaros", Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia.
Data também dessa época as primeiras parcerias de sucesso da escola com grandes empresas, e do início de grandiosos projetos, como da Vila Olímpica [6]
Em 1995, sucedendo o conhecido presidente Álvaro Caetano, o Alvinho, assume a presidência da escola Elmo José dos Santos [7], que ocuparia o posto por dois mandatos. Sob sua presidência,a Mangueira conquistaria o título duas vezes.
Em 1998, ao escolher Chico Buarque como tema de seu carnaval, a Mangueira escolheu em sua eliminatória interna um samba-enredo de uma parceria de compositores paulistanos, membros da escola de samba Morro da Casa Verde, o que gerou alguma polêmica devido à rivalidade entre cariocas e paulistas. Apesar da polêmica, a escola empatou com a Beija-Flor, voltando a conquistar um campeonato após um jejum que já durava onze anos. Logo após o carnaval, em 19 de abril de 1998, foi criada a Academia Mangueirense do Samba [8]
Ainda a Mangueira voltaria a vencer o Carnaval novamente em 2002 com um enredo que falava sobre o Nordeste, perdendo no ano seguinte para a Beija-Flor. Nesse ano, 2003, a Mangueira trouxe como tema a história de [[[Moisés]] e da libertação do povo hebreu, narrada no Antigo Testamento[9], trazendo um samba de autoria de Marcelo Dáguiã, Bizuca, Gilson Bernini e Clovis Pê[10], que começava com o refrão "Quem plantar a paz, vai colher amor, um grito forte, de liberdade, na Estação Primeira ecoou", considerado muito bonito pela crítica [11]. Gerou polêmica naquele ano o fato de a comissão de frente, coreografada por Carlinhos de Jesus, não obter a nota máxima, o que sempre vinha acontecendo nos anos anteriores.
Em 2003, a Mangueira escolheu sua nova diretoria, onde numa eleição disputada, Percival Pires derrotou Ivo Meirelles, sendo eleito o novo presidente da escola. Ivo, no entanto, mais adiante ficou com o cargo de presidente da bateria, cargo este que não costuma existir na maioria das escolas de samba, sendo quase uma exclusividade da verde e rosa.
Para 2007, a Mangueira mexeu com vários tabus: ao comemorar seus oitenta anos, pela primeira vez permitiu a presença de mulheres na bateria, ideia esta que partiu do próprio presidente da bateria, Ivo Meirelles, ideia esta que gerou polêmica. Além disso, Preta Gil veio como rainha da bateria da escola, quebrando uma tradição de ter rainhas somente vindas da própria comunidade, eleitas através de um concurso. Porém o fato que causou maior comoção, não só na escola, mas em todo o meio dos sambistas aquele ano, foram os problemas de saúde do intérprete Jamelão, que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e não gravou o samba-enredo da Mangueira para o CD oficial das escolas do carnaval de 2007 nem pôde desfilar com a escola. O então desconhecido cantor de apoio Luizito substituiu o Mestre Jamelão, impossibilitado de cantar, mas também sofreu problemas de saúde pouco tempo antes do desfile e quase foi vetado pelos médicos. Uma sequeência de fatos negativos começaram a recair sobre a entidade a partir de então.
No dia do desfile, a diretoria da escola impediu que Beth Carvalho de desfilar. [12] O baluarte Nélson Sargento também preferiu não desfilar, já que possivelmente a roupa de sua mulher, não tinha sido entregue. [13] Estes fatos geraram um certo mal-estar no meio do samba e muitas críticas às diretorias de escolas de samba da atualidade, principalmente à da própria Mangueira.
Ainda em 2007, seu presidente foi eleito para a Academia Mangueirense do Samba, ocupando a cadeira de tia Miúda, e que foi ocupada até dezembro de 2006 pelo compositor Jurandir da Mangueira[8].
Em 2008, a Mangueira passou por aquela que muitos consideram a sua pior crise. Primeiramente, ainda em 2007, quando todos esperavam um enredo sobre o centenário de Cartola, a diretoria fechou um acordo de patrocínio com a Prefeitura do Recife, ao qual a escola teria como enredo o centenário do frevo. Além de polêmicas relativas à escolha da rainha de bateria, por fim surgiram denúncias de envolvimento da diretoria da entidade com o tráfico do morro. Durante a escolha do samba-enredo, em outubro de 2007, a parceria escolhida foi a de Lequinho, Jr. Fionda, Francisco do Pagode, Silvão e Aníbal, sendo "Francisco do Pagode" o nome artístico de Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, que passou 17 anos preso por crimes relacionados ao tráfico de drogas. Na final da eliminatória interna, seu samba, mesmo considerado favorito, derrotou outros três fortes concorrentes, como Gilson Bernini e a parceria de Pedrinho do Cavaco e Índio da Mangueira[14] As críticas ao fato de um criminoso estar na parceria vencedora foram duramente rebatidas por Lequinho, que encabeçava o samba campeão. Para o compositor, que elogiou seu parceiro de samba, as críticas seriam resultado de um comportamente preconceituoso da sociedade [15]
As polêmicas não pararam por aí: em dezembro, Percival Pires renunciou à presidência, após aparecer num vídeo onde confraternizava com a mulher de Fernandinho Beira-Mar, presa dias depois [16] Em seu lugar, assumiu Eli Gonçalves da Silva, a Chininha, neta de Saturnino Gonçalves, então vice-presidente. Com muitos problemas no dia do desfile, a Estação Primeira terminou na décima colocação, sendo um dos quatro piores resultados de sua história. O ex-presidente da agremiação, Elmo José dos Santos, lamentou profundamente os acontecimentos e o resultado final.[17]
No dia 14 de junho de 2008, a escola perde um de seus maiores ícones: Jamelão, vítima de falência múltipla dos órgãos. Sua morte causou grande comoção no meio do samba. Para muitos, a perda do intérprete deixou uma lacuna enorme não só na escola, como também para todo o samba. [18] [19] [20]
Para 2009, após oito anos, o carnavalesco Max Lopes deixou a escola, que contratou o Roberto Szaniecki para seu lugar. O enredo escolhido foi uma homenagem ao povo brasileiro, baseando-se no livro "O Povo Brasileiro, Formação e Sentido do Brasil", do professor, antropólogo e político Darcy Ribeiro. Novamente com muitos problemas no início de 2009, a preparação das fantasias e alegorias atrasou e até semanas antes do Carnaval, quase nada havia sido feito. Torcedores assumiram o barracão da agremiação, trabalhando em regime de mutirão, para colocar o carnaval na avenida. Por fim, a sexta colocação foi vista com um misto de surpresa e alívio, pois muitos chegaram a temer o rebaixamento.
Após o Carnaval de 2009, após nova eleição, Ivo Meirelles foi aclamado novo presidente, decidindo rever a estrutura dos últimos anos na escola. A primeira alteração foi a contratação da carnavalesca Márcia Lage. Também foi contratado novo casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Raphael e Marcella Alves. Além disso, para o posto de intérpretes, foi criado um trio apelidado de "os três tenores", formado por Luizito, Zé Paulo e Rixxa. além da bela Renata Santos, que deu um show de sensualidade a frente da bateria comandada pelo Mestre Jaguará Filho. O enredo escolhido foi Mangueira é a Música do Brasil, muito parecido com o tema de 2008 do Império de Casa Verde. No decorrer do ano, a carnavalesca foi afastada e substituída por Jaime Cezário e Jorge Caribé, o que resultou novamente numa sexta colocação.
Para 2011, a Mangueira levará para a avenida o enredo "Filho fiel, sempre Mangueira" de autoria do próprio Ivo Meireles, que será desenvolvido Por Mauro Quintaes e Wagner Gonçalves.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Desfile das Campeãs! 2010... A Manga passa pela Sapucaí com toda sua força.
Quem presenciou o desfile pode ver o desabafo do Presidente, dos componentes e do público, será que foi desfile de 6º lugar mesmo? Pra mim não mesmo e nem para a Nação Mangueirense! Assim é a vida! rs...
TORCIDA NAÇÃO VERDE E ROSA !!!
A Torcida Nação Verde e Rosa, da Estação Primeira de Mangueira comandou a festa nas arquibancadas do setor 3 no segundo e último ensaio técnico da Manga em 2010. Com a parodia criada pelo presidente Ivo Meirelles a torcida fez uma bela festa. PARABÉNS NAÇÃO...
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Desfile da Mangueira tem calhambeque de Roberto Carlos e até 'bonde do funk
Escola fechou carnaval; bateria se destacou com 'presidiários' e paradinhas.
Carro da comissão de frente pegou fogo; chamas foram controladas.
Última escola a desfilar no carnaval 2010 do Rio de Janeiro, a Mangueira levou a diversidade da música brasileira para o Sambódromo num desfile luxuoso e animado. A escola levou um calhambeque de Roberto Carlos e até um "bonde do funk" para a avenida. A bateria surpreendeu com ritmistas "presos", numa crítica à censura, e paradinhas com o refrão sendo cantado em coro.
Os vários ritmos do Brasil
Coube à estação primeira de Mangueira a responsabilidade de encerrar o carnaval 2010. Apresentando o enredo “Mangueira é música do Brasil”, dos carnavalescos Jaime Cezário e Jorge Caribé, a Verde e Rosa empreendeu uma viagem musical pelos diversos movimentos que consolidaram a música popular brasileira. O presidente Ivo Meirelles veio à frente, apresentando o contingente mangueirense à plateia.
As emoções começaram cedo. Coreografada por Jayme Aroxa, a comissão de frente apresentou Um Brasil que dança, canta e é feliz. Logo em seguida, o mestre-sala Raphael e a porta-bandeira Marcella Alves, simbolizavam Cartola e a Poesia. O abre-alas pregava que Nossos barracos são castelos.
O passeio musical prosseguiu apresentando joias do cancioneiro mangueirense, passando pela bossa-nova, visitando a Jovem Guarda, as músicas de protesto contra a ditadura na época dos festivais, o rock, os ritmos regionais e o batidão do funk. Para encerrar o desfile, o Bonde da Mangueira espalhou alegria, deixando no ar toda uma ansiedade pelo início da apuração.
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